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Inspirada na palavra Renovar,que significa transformação, tornar novo, recomeçar assim como as borboletas. Nasce em 2009 a clínica de estética e saúde Renova, com a proposta de oferecer às clientes o que há de mais moderno em saúde e estética, além de um trabalho sério visando a autoestima, bem-estar e qualidade de vida. Com uma equipe formada por fisioterapeutas especializadas em dermato funcional e saúde da mulher, a Renova preocupa-se em atualizar constantemente suas profissionais, através de cursos e congressos buscando sempre a excelência no atendimento. A clínica também dispõe de nutricionista, que realiza o acompanhamento do tratamento quando necessário e ainda esteticista.Preocupada em garantir a saúde e o sucesso dos tratamentos, as clientes da Renova passam por avaliação e entrevista com uma profissional especializada antes de iniciar o tratamento, para que o melhor procedimento seja indicado. Localizada na rua José Bonifácio, 1.610, na santa cruz, em Matão - SP, a clínica destaca-se pelo atendimento personalizado e a aconchegante estrutura que oferece a suas clientes.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Assoalho pélvico no pré-parto, parto e pós-parto



Com a gravidez, o corpo da mulher sofre alterações fisiológicas progressivas e contínuas enquanto ela se prepara para vivenciar uma nova função em seu círculo familiar e social. E é no período pré-natal que a grávida deve ser orientada quanto às etapas que vivenciará durante a gestação, no trabalho de parto e no pós-parto, ou puerpério como é conhecido esse período.


Os esclarecimentos e a educação da gestante se fazem sempre necessários, pois uma mulher bem preparada e acolhida pode contribuir satisfatoriamente para a evolução natural do parto.


É função do fisioterapeuta especializado em Saúde da Mulher trabalhar com a gestante, orientando e sensibilizando-a para que desenvolva toda a potencialidade de seu corpo, cujo controle e coordenação serão solicitados neste momento tão especial que é o parto. E todo esse trabalho pode e deve ser iniciado por uma região do corpo importante, porém muitas vezes desconhecida: o assoalho pélvico.



O assoalho pélvico (ou períneo, como é conhecido) é o conjunto de músculos, ligamentos e fáscias, que fecha a pelve e é perfurado por três orifícios: a uretra, a vagina e o ânus. Seu papel é o de sustentar vísceras pélvicas e abdominais, manter a função urinária e fecal, além de participar da função sexual e permitir a passagem do bebê no momento do parto.






Durante a gestação essa musculatura é bastante exigida, uma vez que necessita manter o útero gravídico, ou seja, o útero e o bebê em constante crescimento. Para que o assoalho pélvico desenvolva bem sua função na gravidez, é preciso que esteja forte e elástico, a fim de permitir a sustentação do bebê e sua saída no momento do parto, causando o menor estresse possível para o corpo da mãe.



Por muito tempo o parto normal foi considerado o grande vilão do assoalho pélvico, sendo responsabilizado pelo aparecimento de incontinência urinária e fecal. Porém, sabe-se atualmente que a gestação por si só já é um importante fator desencadeante e/ou agravante das incontinências, e não necessariamente o tipo de parto.


Uma musculatura perineal fraca pode levar à repetição de sintomas urinários nas gestações futuras e, posteriormente, ao longo da vida. Além disso, as lesões consecutivas à distensão do assoalho pélvico durante um parto mal-orientado podem afetar elementos como pele, ligamentos, nervos e músculos.


Por isso, há necessidade de se trabalhar esses músculos durante toda a gravidez, para que no momento do parto ajudem na proteção contra lesões e disfunções do assoalho pélvico como a incontinência urinária e fecal, disfunções sexuais e prolapsos de vísceras.


Com a evolução da gravidez, a bexiga desloca-se, sendo comprimida pelo útero gravídico e o assoalho pélvico sofre uma sobrecarga e sua força muscular diminui, devido às alterações hormonais e biomecânicas normais da gestação. Essa situação, juntamente com outros fatores como:

- Presença de constipação intestinal crônica (comum nas mulheres;
- Má postura;
- Ganho excessivo de peso;
- Hábitos urinários inadequados(como “segurar” a vontade de urinar por muito tempo.



Podem levar a gestante à incontinência urinária.


A incontinência urinária é a perda involuntária de urina, podendo ocorrer em 17 a 67% das gestantes, dependendo do período da gestação, podendo inicialmente se manifestar com desejo súbito e incontrolável de urinar, acompanhado de freqüentes idas ao banheiro, seja durante o dia ou à noite. É uma condição desagradável e constrangedora que causa nas gestantes o desejo de retomar o estado pré-gravídico o mais breve possível, visto que muitas delas entendem a incontinência como uma condição natural da gestação e que logo após o parto voltará ao normal.


No momento do parto, para que a cabeça do bebê alcance a superfície pélvica, o assoalho pélvico e outras estruturas como a vagina, bexiga e uretra sofrem estiramentos, alongamentos, compressões e dilatações, formando então o canal de parto.


São essas alterações das estruturas pélvicas à frente do feto que podem causar danos à inervação dos músculos pélvicos superficiais durante o parto, aumentando o risco de uma incontinência urinária e disfunções do assoalho pélvico pós-parto.





O tratamento da incontinência urinária e de outras disfunções do assoalho pélvico pode ser clínico, cirúrgico ou conservador, porém nem sempre as intervenções cirúrgicas são as mais indicadas.Por esse motivo, devemos sempre ressaltar a importância da atuação preventiva da Fisioterapia durante toda a gestação e no pós-parto (imediato e tardio), principalmente para aquelas mulheres que tiveram alguma disfunção ainda na gestação.


A avaliação fisioterapêutica e reabilitação da função do assoalho pélvico durante a gestação podem ser feitas através de toque bidigital, biofeedback perineal, perineômetro, exercícios perineais, diário miccional e até mesmo cones vaginais, sendo perfeitamente realizável entre o terceiro e sétimo mês de gestação.



Já no pós-parto, utilizamos recursos adicionais como eletroestimulação e a massagem perineal para acelerar a cicatrização e prevenir de aderências.


O objetivo do tratamento fisioterapêutico é “despertar” o assoalho pélvico, aumentando sua sensibilidade, fortalecendo e treinando-o a contrair e relaxar voluntariamente.


Tanto a escolha do método quanto a duração do tratamento dependem do tipo de disfunção, da integridade dos reflexos perineais e da sensibilidade local.É importante salientar que ao tornar-se rotina em nossos serviços de saúde, o acompanhamento fisioterapêutico da gestante poderá prevenir e reabilitar disfunções, proporcionando melhor qualidade de vida à mulher, um nascimento mais participativo e humanizado e um pós-parto com menos complicações.

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